segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Capitulo VII

Havia uma carta e eu tinha quase certeza de que era do meu pai. O Papel parecia aqueles papeis de cartas medievais e parecia muito velho. Anos talvez. A carta dizia:
Joane, não espero que entenda. Mas apenas que faça o que irei lhe pedir nessas palavras. Preciso que ajude meu filho John a derrotar um monstro, vou fingir que fui engolido por ele para John tentar matá-lo, mas John irá morrer provavelmente irá morrer pelo monstro. Então quero que treine John por um tempo para que ele acredite em tudo. Com John morto nós poderemos retomar o poder de serapien. Sei que deve está se perguntando o porquê de eu ter fugido e não ter matado logo John. Mas há uma profecia em tudo isso:
“Quando seu filho completar quinze anos.
      ele deverá assumir o trono de serapien
      e deve matar seu pai. mas seu pai não
      pode nem ao menos alentar e assim será com
      todas as gerações”
      Por isso filha quero que mate seu irmão gêmeo saiba que deverá doer, mas faça isso pelo planeta.
      Quando acabei de ler a carta eu me espanto por saber que Joane é minha irmã e ainda por cima gêmea, deve ter sido pelo fato de que após os quinze anos que todo filho do rei deve matar seu pai que tiveram que pegar o meu pai. Por não haver um rei aqui na época provavelmente se soubesse dessa profecia antes de vir a serapien eu nem teria nascido.
            Olho para o lado e vejo Joane tentando se mover em câmera lenta. Penso em por o tempo normalmente para que joane possa me explicar algo. Mas após esta carta não há mais o que ela me explicar. Boto a carta no bolso e fujo. Decido ir à caverna duvido muito que joane vá me procurar lá.
            Quando eu chego à caverna beijo o amuleto, mas parece que nada acontece. Será que esse seria o jeito que faça o tempo voltar? Eu não perguntei nada a minha mãe sobre como fazer o tempo voltar. Fico pensando em tudo que eu perdi e em tudo o que poderia estar fazendo agora na terra.
                                                                  
Eu começo a lembrar dos meus amigos na terra. E tudo que estava perdendo no meu planeta. Se ao menos um amigo meu estivesse aqui para compartilhar desse momento comigo. Sinto falta até da minha avó e de nossas brincadeiras. Uma vez ela quis me dar uma moeda de vinte e cinco centavos achando que eu era um brinquedo porque eu a divertia tanto e ela não queria que a brincadeira acabasse. Lembro das vezes que me apaixonei e das vezes que fui decepcionado por amor. E começo a chorar.
- Isso não vai ficar assim! – digo para mim mesmo.
Enxugo o choro e beijo o amuleto de novo sem saber se ele realmente tinha voltado ao normal. Então elaboro o melhor plano de todos os tempos na minha mente.
Com o tempo ainda parado eu corro diretamente para onde estava o buraco que eu e minha mãe fizemos quando chegamos aqui em serapien. Subo no foguete. Porém ele estava diferente e bem mais arrumado aqueles pisos foram retirados e o globo de vidros também. Eu começo a contagem regressiva novamente e em dez segundos já estou na terra naquele mesmo parque. Ando até o beco em que Elizabeth tinha me puxado no dia anterior. Chegando ao frigorifico corro até minha casa. A rua está deserta, pois ainda é de madrugada. Beijo o amuleto novamente para que o tempo volte ao normal.
Minha casa é bem básica são dois andares. Há vários azulejos na porta de cor verde e uns piscas-piscas iluminando a casa por causa do natal que está bem próximo por dentro há a garagem e depois a sala, mas subo as escadas ligeiramente e chego ao meu quarto. Meu quarto tem uma janela bem grande e vários livros uma cama de casal e um guarda-roupa que eu uso mais como guarda-besteiras. Pego tudo que vou precisar. Roupas que eu considero na moda. Os livros que eu não li. Meu tênis de camurça e boto tudo em uma mochila. Pego meu computador e posto no facebook.
“Todos que realmente gostam de mim me encontrem amanhã em frente ao frigorifico do meu bairro e levem tudo que vocês mais precisam. Amo vocês e senti saudades”
Em alguns segundos já tenho duas respostas:

 “conte comigo John, sentiu saudades? Nos vimos ontem”
 “comigo também”
Emociono-me, mas eu vou dormir. Amanhã será um novo dia e irei mostrar que ninguém tenta me matar assim tão facilmente.
                                                


  ***
Eu achei que fosse sonhar com meu pai, ou minha irmã, ou minha mãe ou qualquer outra pessoa do meu planeta. Mas não eu apenas sonho com o que eu costumava sonhar quando minha vida era normal ou quase isso. Eu via ursinhos e bichinhos fofos parecia ser o melhor sonho de toda a minha vida.
                                                 ***
Quando eu acordo pego minha mochila e boto meu computador dentro, então vou até onde minha avó. Ela é uma velhinha bem simpática usa uns vestidozinhos de casa tem o cabelo todo branco já e tem olhos lindos e verdes. Eu abraço ela e digo:
- Vó eu lhe amo. Por favor, venha comigo até serapien?
- Não sei meu neto. Essa preguiça não irá deixar.
- Vó essa pode ser a ultima vez que lhe verei na vida a menos que venha comigo.
- Então vamos
Seguimos até o frigorifico. Quando chego lá estão os meus melhores amigos e outros apenas amigos.
- Vamos “galerê” até serapien dominar o planeta e mostrar para o meu pai quem é que manda.

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